História

Inicialmente os licores foram elaborados na idade média por físicos e alquimistas, como remédios medicinais, porções amorosas, afrodisíacos e de cura de problemas. A realidade era que não se detectava seu alto teor alcoólico e assim permitia lograr propósitos pouco habituais. Licor não é apenas uma bebida colorida de frutas, de bonita cor e sabor que encanta. Cada fórmula, cada receita, carrega uma intensa história onde não faltam mistérios e segredos. Resultado de uma alquimia tradicional, os mais finos e famosos licores têm suas receitas preservadas por gerações. Existem registros históricos que demonstram que os povos antigos consumiam um tipo de bebida semelhante ao Licor. Uma grande variedade de licores foi produzida em todos os cantos do mundo. Os chineses, há mais de 800 anos a.C., tinham o hábito de tomar uma bebida preparada a partir da fermentação do arroz e depois destilada. Em algumas regiões da Índia também se produzia desde a antiguidade uma bebida aromatizada obtida através da Cana-de-açúcar com arroz. Os árabes, além de prepararem alguns tipos de bebidas semelhantes ao licor, buscavam métodos mais eficazes para obtenção de uma destilação perfeita para melhorar a qualidade de suas bebidas. Na Grã-bretanha, o hábito de tomar licor já estava arraigado no povo muito antes de os romanos a conquistarem. Na França, Espanha, Itália e outros países do Oeste europeu já produziam alguns tipos de bebidas semelhantes ao licor. Os Monges cartuzianos preservam algumas de suas receitas de licor mais finas desde 1600. Esses "licores" produzidos pelos povos antigos, eram na verdade uma mistura de vinho com ervas a qual era adoçado com mel ou melado, ou uma fermentação de várias frutas combinadas. Por volta do século X, os árabes descobriram aquilo que vinham tentando há tempos: desenvolveram o processo de obtenção de álcool através da destilação de um fermentado. Eles constataram que essa substancia, além de anti-séptica, poderiam ter outras finalidades. Depois os alquimistas árabes e europeus passaram a usar o álcool em seus medicamentos misturados a ervas medicinais. Com essa descoberta o caminho dos alquimistas ficou livre para testar e criar os mais incríveis e deliciosos licores, através de um paciente trabalho de combinação de ervas e frutas. O licor que conhecemos hoje, só foi possível depois que o alquimista catalão Aunaud Villeneuve, em 1250, conseguiu extrair os princípios aromáticos das ervas deixando-as em maceração no álcool puro. Aunaud registrou todas as suas experiências em um tratado sobre o álcool e sua utilização, recomendando acrescentar a garrafa uma pepita de ouro. Para que ao oferecer, quem o tomar também está sendo oferecido ouro. O autor foi considerado bruxo, e quase sacrificado numa fogueira durante a Santa Inquisição, o que o salvou foi uma de suas poções que foi atribuída à cura do Papa. Os licores, já com características de uma bebida "cortês", requisitada passou a significar gentileza dos anfitriãos que os serviam sempre após as refeições a seus convidados, como um reconfortante digestivo. Aos monges devemos a criação de maravilhosos licores, cujas fórmulas eram segredos encerrados entre paredes do mosteiro. Por mais de 300 anos, depois da descoberta do Arnaud, os monges "monopolizaram" a fabricação de licores, deixando para prosperidade algumas fórmulas, cujo segredo até hoje está rigorosamente guardado pela ordem ã qual pertencia o monge que as criou. Com o papel social dos monges, nessa época ia além se um simples sacerdócio nos mosteiros, eles desenvolviam muitas atividades, dentre elas a preparação de medicamentos ã base de ervas para combaterem diversos males. Assim, eles cultivaram um grande número de ervas medicinais e aromáticas para serem utilizadas em suas poções. O hábito de servir licor foi conservado no Brasil, por influência européia. Com a variedade de frutas neste país, surgem novas receitas como os licores de pitanga, tamarino, jenipapo, etc. Também no Brasil surgem novas maneiras de uso para os licores, que antes eram servidos após as refeições, agora passa a fazer parte de drinques e coquetéis, além de entrarem em diversos temperos de pratos doces e salgados. O licor é uma bebida alcoólica que se caracteriza pela elevada proporção de açúcar, misturado com álcool e alguns princípios aromáticos extraídos de frutas, raízes, sementes, sucos, ervas, cascas de frutas ou do tronco, folhas e temperos diversos. Constituído basicamente desses três ingredientes (álcool, calda de açúcar e extrato aromático), em alguns casos há adição de corantes.




O licor sempre foi servido como uma bebida "cordial" que, além de muito saborosa, tem propriedades digestivas, estimulantes e reconstituintes, como aperitivo. Os licores podem ser preparados de diversas maneiras, que foram sendo passadas de geração a geração, até chegarem a ser produzido em escala industrial, através de processos e técnicas mais sofisticadas. O segredo da qualidade do licor está exatamente no equilíbrio de uma perfeita combinação da sua mistura, que resultará num produto integrado e harmônico entre cor, aroma e sabor.

Tipos de licor


Como se servem licores

A maneira mais simples de servir as deliciosas bebidas que são os licores é a mais usual, numa tulipa própria (cálice a licor), após as refeições e como digestivo.Coffee Drinks: são usados vários licores para confeccionar os chamados «coffee drinks», bebidas que em Portugal poderemos chamar, talvez, «cafés especíais».Alguns exemplos dos licores utilizados nestas bebidas: Tia Maria, Kahlua, Strega, Benedictine, etc.Frappés: frappé é uma forma de servir alguns tipos de licores (especialmente nas tardes soalheiras de verão), em copo tipo old fashioned ou taça dupla a cocktail, com gelo moído e palhinhas, são o «ingrediente» ideal para servir licores frappé.On-the-Rock's: é já muito frequente beberem-se licores com gelo, aconselhável: 2 a 3 pedras de gelo.
Como são feitos os licores
Alguns exemplos sobre a composição de alguns licores, especialmente a sua base.É bastante difícil saber a composição de certos licores devido ao cuidado que existe em manter a sua fórmula em rigoroso segredo.
Advoocat: Licor de origem holandesa, mas também fabricado em diversos países. A sua graduação alcoólica é de 17º. Em Portugal este licor tem uma graduação alcoólica de 20º. O líder no mercado do Advoocat é o Warninks, gastando-se no seu fabrico 60 milhões de ovos por ano. Entre nós o mais conhecido é o Bols.
Amaretto: É um licor italiano de uma certa categoria especial. O seu aroma é facilmente identificável com amêndoas, no entanto, apenas entram no seu fabrico 10% de amêndoas amargas e 90% de caroços de damasco. Segundo a história deste licor, a receita do Amaretto foi inventada por uma jovem viúva para oferta ao pintor para quem posou, Benardino Luini, e por quem se apaixonou.
Amarguinha: Licor nacional, à base de amêndoa amarga. É a nova versão da amêndoa amarga. É um licor de origem algarvia. Graduação: 20º.
American Cream: É um licor da família dos "cream liqueurs", no mesmo sistema e proporções do Bailey's, mas tendo como diferença o facto de ser feito com Bourbon. É fabricado pela firma Heublein.
Afrikoko: Este licor foi lançado recentemente no mercado europeu.É originário da Serra Leoa e é feito à base de coco e chocolate.
Almendrado: Licor mexicano produzido pela firma produtora da Tequila José Cuervo. É à base de amêndoas.
Anis del Mono: É um licor de anis espanhol, fabricado na zona de Barcelona. Apresenta-se nos tipos doce e seco. Este licor foi bastante popular em Portugal há alguns anos atrás.
Anis Dómuz: É um licor de anis fabricado em Campo Maior, pela firma Azinhais Nabeiro. Apresenta-se nos tipos doce, seco e mel damas.O Mel Damas, tal como o nome indica, tem como base o mel, é muito doce e de cor castanho-claro.
Anissete: O licor Anissete é produzido por imensas firmas que se dedicam ao fabrico de licores. No entanto, cremos que o original é fabricado pela Marie Brizard. Fabrica-se em França, mais exactamente em Bordéus, desde o século XVIII.
Apricot brandy ou apricot: A maioria das firmas fabricantes de licores têm um Apricot Licor na sua gama que costuma aparecer com a designação "Apricot Brandy" ou simplesmente "Apricot". Este licor é feito à base de damascos macerados e aguardentes vínicas, sendo-lhe adicionado caramelo e açúcar. Inicialmente a designação "Apricot Brandy" referia-se a uma aguardente mas, actualmente, esta designação é considerada e comercializada como um licor. Grad. alc. 20º.
Ashanti Gold: É um licor dinamarquês produzido pela firma Peter Heering Company. Apresenta-se com a cor castanho-escuro. Esta cor advém-lhe da sua base, o chocolate.
Atholl Rose: É um licor de origem escocesa feito a partir de whisky de malte, aveia, mel e natas.
Alota coffee: Este licor é bastante popular na Escócia. É uma versão dos Coffee Liqueurs (licor à base de café) e apresenta-se com 50º Proof (29º GL).
Aurum: É um licor feito na Itália, à base de aguardente envelhecida, algumas ervas e aromatizado com casca de tangerina. A sua graduação alcoólica é de 70º Proof (40º).
Batia: É um licor brasileiro feito à base de cereais, café e de paladar amargo-doce.
Bailey's Irish Cream: Licor irlandês feito em Dublin. No seu fabrico entram o Irish Whiskey, álcool neutro, chocolate e natas. A sua graduyação alcoólica é de 30º Proof (17º GL). Este licor foi dos primeiros a ser comercializado a nível dos cream liqueurs (licores à base de natas).
Beirão: É um licor potuguês fabricado na Lousã pela firma J. Carranca Redondo, a partir da maceração e destilação de 13 plantas aromáticas. A cor é obtida com a junção de caramelo.
Benedictine D.O.M.-Deo Optimo Máximo: Quer dizer muito bom, o melhor dos bons, o melhor dos grandes.É um licor de grande qualidade e talvez um dos mais antigos do mundo.Começou a ser produzido em 1510, na abadia de FECAMP, em França.A origem deste licor deve-se aos monges dessa abadia que durante anos guardaram sigilosamente a sua receita.Actualmente este licor é fabricado por uma firma particular (nada tendo em comum com o licor fabricado pelos monges) que se situa na zona da Normandia.Sabe-se que este fabricante continua a guardar grande segredo sobre o Benedictine e também que em homenagem aos monges que inventaram a receita construiu a fábrica Benedictine, em réplica à abadia de Fecamp.Devido ao sigilo que envolve este licor apenas se sabe que no seu fabrico entram várias dezenas de plantas, sendo usado o processo de maceração e destilação.A sua graduação alcoólica é de 40º GL.
Ben Shalom: É um licor israelita feito a partir das famosas laranjas doces de Jaffa.
Blackberry: É um licor de origem inglesa mas com várias versões, especialmente na Polónia e Alemanha. Fabrica-se a partir de amoras. A sua graduação alcoólica é de 52º Proof (30º GL).
Brandymel: É um licor algarvio fabricado na zona de Portimão pela firma Cristinalda. Na origem do seu fabrico estão o medronho e o mel e não o Brandy, como erradamente se pensa devido ao nome. Apresenta-se numa cor âmbar e sua graduação alcoólica é de 40º GL.
Bronte: É um licor inglês produzido a partir de aguardente vínica, ervas e mel. Este licor originário de Yorkshire tem 34,5º como graduação alcoólica.
Cacau Mit Nuss: É um licor alemão fabricado com chocolate e avelãs, pricipalmente com aromatizantes. A sua graduação alcoólica é de 30º GL.
Carlsberg: É um licor amargo fabricado a partir de ervas seleccionadas e águas termais, produzido na Alemanha e ex-Checoslóvaquia.
Carolans Irish Cream: É um licor irlandês e faz parte do grupo dos Cream Liqueurs. Fabrica-se com whisky irlandês, natas e mel. A sua graduação alcoólica é de 17º.
Caraway (Kummel): Designação que os americanos dão ao Kummel. (Ver Kummel).
Cassis, creme de: Produzido desde o século XVI pelos monges de Dijon, em França. Inicialmente era considerado um remédio para várias doenças por ser muito rico em vitamina C.É fabricado a partir de aguardente vínica e groselhas pretas. A sua graduação alcoólica varia entre os 17º e os 20º. Com ele se faz o famoso Kir Royale.
Cayo Verde: É um licor americano produzido a partir de limas (o chamado limão da Índia) e álcool neutro.
Cerasella: Licor italiano considerado um dos melhores licores de Itália. É feito à base de cerejas. Às cerejas juntam-se também algumas ervas que lhe dão um gosto rico e único.
Chautré: É um licor alemão, de cor castanha-clara e produzido a partir de Brandy e natas. Tem um acentuado sabor a Brandy.
Charleston Follies: É um licor francês à base de frutas diversas: papaia, manga, maracujá, pêssego, ananás. É de fraco teor alcoólico, 23º. Particularidade: a sua garrafa é em formato de shaker.
Chartreuse: É um licor francês de renome mundial feito à base de ervas e no seu fabrico entram 130 variedades.Foi no ano de 1605 que um capitão às ordens do rei francês Henrique IV deu a receita deste licor aos monges da ordem de Cartucha, que por sua vez o começaram a produzir, segundo tudo indica, desde o ano de 1607 até 1901.Nessa altura foram expulsos de França e montaram uma destilaria em Terragona, em Espanha.Este licor foi inicialmente considerado como um "elixir para assegurar longa vida" e mais tarde apareceu então nos seguintes tipos:Chartreuse Verde: O mais forte dos dois tipos conhecidos: 55,5º GL.Chartreuse Amarelo: A este tipo é adicionada uma pequena quantidade de mel, que lhe dá um gosto diferente. A graduação alcoólica é de 43º GL.Chartreuse Elixer Vegetal: Existe ainda este terceiro tipo de chartreuse que tem cerca de 80º GL. Vende-se em doses individuais e é considerado como um produto farmacêutico, especialmente recomendado para curar constipações comuns.
Cherry Brandy: Existem inúmeras versões deste licor em vários países.É feito pela maceração de cerejas em álcool neutro ou aguardente e nalguns casos são-lhe adicionadas plantas para aromatizar.Na classe dos Cherry Brandys incluímos também outros licores bem conhecidos, tais como: Cherry Marnier, Peter Herring (Cherry Herring), Cherry Karise, Cherry Rocher, Cherry Grants Morella (produzido com cerejas tipo morella), Cherry Bom (produzido em Portugal por J. Maria da Fonseca) e a famosa ginga de Alcobaça.Os Cherry Brandys são produzidos com todos os tipos de cerejas mas é evidente que o seu sabor está em harmonia com o tipo de cerejas usado.O Cherrry Brandy está para os ingleses equiparado ao Sloe Gin.Usa-se muito em ocasiões especiais, como, por exemplo, as famosas batidas às raposas, onde é oferecido a cada participante o Cherry Brandy como um "mata-bicho", antes de iniciar a caçada.A graduação alcoólica varia entre 23º e 25º GL.
Cherry Suisse: É um licor suíço também produzido a partir de cerejas e chocolate. É uma produção do grupo Seagram's e apresenta-se numa linda garrafa de porcelana. A mesma firma produz um outro licor, chocolate-Suisse, que tem pequenos pedaços de chocolate a flutuar.
Chesky: Licor francês da família dos Cherry-Liqueur, tendo como aguardente base o whisky.
Chococo: Licor à base de chocolate e coco.
Chocalu: Licor mexicano feito à base de cacau. Tem uma particularidade interessante: se no rótulo desta garrafa figurar a palavra "chouao" quer dizer que os grãos de cacau são de origem venezuelana e não mexicana.
Citronen-eis: É um licor de origem alemã produzido a partir de sumo de limão e casca. A palavra Eis (gelo em alemão) significa que o licor deve ser servido com gelo.
Cointreau: É um licor francês dos mais famosos do mundo, cujo aparecimento se deu no século XIX pela mão dos dois irmãos Cointreau.Hoje ainda é a família Cointreau quem domina a firma com o mesmo nome, com sede em Anvers, França.A sua produção faz-se a partir de cascas de laranjas amargas das "West Indies" e de cascas de laranjas doces espanholas.Para melhor apuramento de qualidade o Cointreau é de dupla destilação.A sua graduação alcoólica é de 40º GL.
Cordial Campari: É um licor italiano obtido a partir da destilação de framboesas e que se apresenta incolor.
Cocoribe: Licor obtido a partir de coco e rum da Jamaica.
Creme de Banana: É um licor muito conhecido e vários países têm a sua versão "creme de banana". Os franceses foram talvez os primeiros a produzi-lo e, durante muitos anos, a partir de bananas das Caraíbas. É produzido através da maceração das bananas e pura aguardente neutra.
Creme de Cacau: Também este licor é fabricado pela a maioria das firmas produtoras de licores. Apresenta normalmente uma cor castanho-escuro, ou incolor quando é utlizada a baunilha. Como o nome indica é produzido a partir de cacau. A sua graduação alcoólica varia de 27º a 30º.
Creme de Fraises: É um licor francês produzido à base de morangos.A graduação alcoólica é de 30º GL.
Creme de Mandarine: É um licor feito à base de tangerinas e, também a exemplo de outros licores, é fabricado por diversas firmas produtoras de licores, com maior incidência na Holanda, França e Dinamarca.
Creme de Menthe: (Pippermint). É um licor de origem francesa, embora também se fabrique em diversos países. Obtém-se a partir de álcool de cereais e de hortelã. Normalmente apresenta-se em duas cores: verde e branco. A sua graduação alcoólica é de 30º GL.
Creme de Mokka: É um licor francês produzido à base de café (tipo Mocca) e também de algumas ervas seleccionadas. Apresenta-se com cor castanha-escura..
Creme de Noyau: Este licor é produzido por várias firmas produtoras de licores, no entanto, o mais conhecido é o francês. É feito a partir de caroços de pêssego e damasco. Apresenta-se, variavelmente, com cor rosada. A sua graduação alcoólica é de 31,5º GL.
Creme de Noix: Licor francês produzido a partir de nozes verdes do sueste francês. Em alguns casos, este licor é misturado com outro obtido a partir de ameixas secas.
Creme de Baunilha: É um licor francês bastante aromático e suave, feito a partir de baunilha.
Creole: Licor de coco e rum produzido pela Bols, 24º vol.
Cuarenta-y-Tres: Licor espanhol produzido na zona de Cartagena há centenas de anos.A sua cor é amarelo-dourado.Deve o seu nome à quantidade de ervas que entram na sua composição, precisamente quarenta e três.A sua graduação alcoólica é de 31,5º GL.
Curaçau: É um licor de origem holandesa bastante conhecido e muito usado, especialmente na confecção de cocktails.É produzido a partir de cascas de laranja azedas, das ilhas Curaçau.Curaçau é o termo que se aplica a quase todos os licores feitos à base de infusão de cascas de laranja.Quando há uma terceira destilação chama-se tríple-sec. No entanto, alguns fabricantes deste licor já não insistem na designação tríple-sec no rótulo, porque em alguns países o tríple-sec aparece numa versão muito doce, o que contraria em absoluto um Curaçau.O licor Curaçau apresenta-se para além de incolor, verde, vermelho, azul e castanho-claro.
Drambuie: É um licor escocês feito à base de Whisky velho/Blended, açúcar e mel aquecido e aromatizado com ervas.Produz-se na famosa ilha de Skye, desde 1745, embora a sua comercialização, em termos industriais, apenas se tivesse começado a efectuar a partir de 1906.Julga-se também que grande parte da sua produção é feita numa destilaria própria de Edimburg.Apresenta-se em cor dourada e a sua graduação alcoólica é de 40º GL.
Dopio Cedro: É um licor italiano com sabor a limão e produzido pela casa Galliano.
Elixir D'Anvers: É um licor belga criado em 1863, feito à base de ervas e sementes. Tem um sabor amargo-doce e apresenta-se em cor amarelo-dourado. A sua graduação alcoólica é de 34,5º GL.
Elixir da China: É um licor italiano produzido à base de anis e quinino. É bastante doce e apresenta-se incolor.
Ensian Calisay: É um licor espanhol produzido na região da Catalunha. Obtém-se a partir de uma complexa mistura de ervas e quinino e é envelhecido em cascos de Canadian Whisky.Normalmente designa-se apenas por Calisay. A sua graduação alcoólica é de 32º GL.
Enzian Liqueur: É um licor da Bavaria. Produz-se a partir de plantas de Genciana dos Alpes.É considerado um licor estomacal, sendo usado frequentemente para cura de dores abdominais.Este licor produz-se também na Suíça sob a mesma designação e em França com o nome de Suze.
Escarchado/Anis: É um licor feito à base de anis e apresentado numa garrafa que contém um ramo de anis no interior.Este licor é muito doce e o açúcar cristalizado aparece no ramo do anis dando-lhe aspecto de uma árvore de cristal.
Filtar: É um licor produzido na ilha de Chipre.Pertence ao tipo curaçau e apresenta-se normalmente numa linda garrafa de pedra, tipo jarro.
Fior D'Alpi: Licor produzido nos Alpes italianos a partir de ervas e plantas provenientes dos Alpes.É apresentado numa garrafa alta contendo no seu interior um ramo onde o açúcar se cristaliza, assemelhando-se a um ramo de uma árvore de Natal.
Forbiden Fruit: É um licor americano produzido à base de Whisky, a que são adicionados extractos de toranja, casca de laranja e mel.Este é um dos mais famosos licores na América e a sua graduação alcoólica é de 32º GL.
Fraises des Bois: Licor francês produzido a partir de morangos selvagens, bastante doce. A sua graduação alcoólica é de 30º GL.
Framboise Sauvage: Licor francês produzido a partir de framboesas selvagens. Apresenta-se numa cor pink (rosada). A sua graduação alcoólica é de 30º GL.
Framboise, Creme de: Licor francês produzido a partir de framboesas. A sua graduação alcoólica é de 30º GL. (Não confundir este licor com a existência da aguardente Framboise).
Frangelico: Licor italiano produzido à base de avelãs. Grad. Alc. 24º.Particularidades: apresenta-se em garrafa imitando um frade.
Freesomint: É um licor francês que pertence à classe dos "Creme de Menthe". Apresenta-se com cor verde e, como o nome indica, produz-se a partir de hortelã-pimenta. A sua graduação alcoólica é de 27º GL.
Galliano: É um licor italiano obtido a partir de plantas dos Alpes.Pertence ao grupo dos licores de fórmula secreta, pois apenas se sabe que entram na sua composição mais de trinta plantas diferentes, raízes, bagas e pétalas de flores para aromatizar.O nome deste licor foi-lhe dado no ano de 1896, em homenagem a um oficial italiano, Major Galliano, que esteve sitiado num forte durante 44 dias. A sua graduação alcoólica é de 35º GL.
Gaetano, creme liqueur: É um licor americano produzido pela destilaria Jim Beam, obtido a partir de Whiskey e natas.
Galweiss: É um licor irlandês obtido a partir de Whiskey irlandês, plantas, mel e café.
Glayva: É um licor escocês produzido a partir de Whisky, aromatizado com plantas e também com mel aquecido. Este licor começou a ser produzido mais a sério no ano de 1947. A sua graduação alcoólica é de 35º GL.
Glen Mist: É um licor irlandês produzido a partir de Whiskey irlandês, mel, plantas e especiarias. O seu paladar é mais seco do que os licores similares produzidos na Escócia, o que lhe dá uma característica especial. É colocado em cascos para "amaciar" durante alguns meses antes de ser comercializado.
Goldwasser: É um licor alemão produzido em Danzing desde 1599.O nome da cidade onde foi produzido serve para o identificar, por isso se pode ler nos rótulos "Danzing Gold Wasser". Actualmente produz-se em Berlim. Obtém-se a partir de anis e alcaravia (caraway). Apresenta-se incolor e com pequenas partículas douradas que flutuam na garrafa.A sua graduação alcoólica é de 40º GL.
Grand Marnier: É um licor francês conhecido mundialmente e obtido a partir de laranjas amargas do Haiti, de Cognac e de aguardente vínica.A sua produção começou no ano de 1880 pela família de Louis Alexandre Marnier-Lapostolle, que conseguiu uma boa combinação de laranjas do Haiti e Cognac.Hoje, o Grand Marnier, embora se fabrique com outro tipo de laranja e segundo métodos mais avançados, continua a ter um nome respeitado em todo o mundo.Apresenta-se em duas versões:Cordon Rouge: obtido a partir de Cognac, apresenta-se numa cor laranja-escura e é colocado em cascos pelo menos dezoito meses antes da sua comercialização. Graduação alcoólica: 38,5º GL.Cordon Jaune: incolor, obtido de aguardente vínica, muito semelhante a um tríple-sec. O Grand Marnier pertence à família dos Curaçau, mas com uma grande diferença dos mesmos.
Grand Marnier Creme: É um produto da família dos Cream Liqueurs, à base de Cognac e natas. Grad. alc. 17º.


Existem alguma regras de etiqueta para se servir licores, mas quando eles são caseiros, essas regras são mais flexíveis. De qualquer forma, alguns cuidados são exigidos.
Os licores devem ser servidos em cálices apropriados, pequenos, de vidro ou de cristal.
Os cálices jamais devem ser preenchidos até a borda.
Os licores usualmente são servidos após o jantar, em temperatura ambiente, acompanhados de bombons e biscoitos.
No caso de licores serem acompanhados em coquetéis, isto é, misturados a outras bebidas alcoólicas, sua dose deve ser pequena, servindo apenas para:
- adoçar a bebida
- dar a cor ao coquetel:
- emprestar-lhe um toque diferente de sabor.
Isto significa que nunca o licor será a bebida principal do coquetel.

Classificação dos licores quanto ao teor de açúcar:



Seco ...... Máx. 10.0 Mín. 6.0
Doce ........ Máx. 20.0 Mín. 10.1
Fino .......... Máx. 35.0 Mín. 20.1
Creme ...... - Mín. 35.1







CURIOSIDADES SOBRE LICORES



Os Licores são bebidas alcoólicas obtidas através de processo de destilação e que foram aromatizadas e adocicadas.Dada a característica de cada licor o seu teor alcoólico pode variar entre 15º a 35º conforme a mistura que foi elaborada.

Pitanga

(Eugenia uniflora) Berg. - Família Myrtaceae, popularmente conhecida como: pitanga, pitangueira, pitanga-do-mato, dentre outros. Árvore de porte médio - no máximo 12 metros - a pitangueira é de desenvolmento moderado, e medianamente rústica. A copa globosa é dotada de folhagem perene.O fruto da pitangueira é uma fruta carnosa, vermelho (a mais comum), vermelha amarela ou preta, e bastante saborosa. A pitanga é nativa da Mata Atlântica brasileira, onde é encontrada na floresta estacional semidecídua do planalto, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Ocorre também nas restingas.A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos e os frutos são consumidos em natura ou na forma de sucos, geléias e licores. É recomendável em plantios para reflorestamento de áreas degradadas, visando proporcionar alimento à avifauna. É também usada como árvore ornamental em várias cidades brasileiras.A palavra "pitanga" vem do tupi-guarani, e significa "vermelho".


Café



(Coffea arábica) - A história do café começou no século IX. Originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia e difundido para o mundo através do Egito e da Europa. Mas ao contrário do que se acredita, a palavra "café" não é originária de Kaffa - local de origem da planta -, e sim da palavra árabe "qahwa", que significa "vinho da Arábia", devido a importância que a planta passou a ter para a Arábia O cafeeiro é um arbusto da família Rubiaceae e do gênero Coffea, da qual se colhem sementes para o preparo de uma bebida estimulante, também conhecida como café. O café é extensamente cultivado em países tropicais, tanto para consumo próprio quanto para exportação a países de clima temperado. O Brasil é o maior produtor , e exportador de café do mundo seguido pelo Vietnam e a Colômbia.O café não é composto apenas por cafeína. Apesar de esta ser a substância mais associada à bebida, ela é responsável por apenas 2,5% do cafezinho, deixando espaço para diversas outras substâncias. O grão verde contém potássio, magnésio, cálcio, sódio, ferro, manganês, rubídio, zinco, cobre, e mais outros 36 elementos.

Curaçau Blue


A história do licor começa pouco tempo depois que os espanhóis ocuparam a ilha, em 1499, e começaram a fazer algumas tentativas de plantio, como por exemplo, mudas de laranjeiras trazidas de Valencia, que produzia uma laranja doce e muito apreciada na Espanha. Mas o solo árido de Curaçao fez uma fruta tão ácida que ninguém podia comer. Não se sabe quem descobriu que a casca dessa laranja ácida, deixada para secar sob o sol, produzia um óleo aromático muito agradável, como também não se sabe quem teve a idéia de fazer um licor desse óleo. No entanto, foi a partir do século 19 que a família Senior abriu uma empresa para fabricar o Licor Curação, feito a partir das cascas daquela laranja.

Limão


Graças a alta concentração de vitamina C que contém, o limão é o maior inimigo de todas as substâncias prejudiciais ao organismo, não importando em que lugar, órgãos ou tecidos se tenham acumulado ou agido.
Essa vitamina evita a fragilidade dos ossos, má formação dos dentes, torna mais rápida a cicatrização de feridas e queimaduras, evitando também hemorragias. Como contém ainda muitos sais minerais, mantén o equilíbrio interno do organismo e o vigor do sistema nervoso. Como remédio, o limão é empregado contra icterícia, diabete, hemorragia nasal, doenças da pele, infecções da garganta, gripe e dor de cabeça. Ele acaba ainda com a acidez sanguínea e dissolve o ácido úrico. Mas, no geral, é indicado para casos de acidez da boca e estômago, anemia, apendicite, arteriosclerose, artrite, asma, blenorragia, cálculos, caspa, diabetes, edemas, enxaquecas, congestões, conjuntivite, alergia, febres, esterilidade, mau hálito, obesidade e uma infinidade de doenças.

Anis Estrelado



ANIS-ESTRELADO :llicium verum

Origem Sua origem é tida como chinesa. Lord Cavendish foi o primeiro a conhecê-la na China, no século XIX, e quem o introduziu na Europa. Descrição O anis-estrelado é uma árvore que pode chegar a até 10 metros de altura produzindo pequenas flores amarelas. Suas folhas são largas e de verde muito intenso, e o que mais caracteriza esta planta são seus frutos na forma de estrela, sendo que no interior de cada “ponta” existe uma semente. Esta árvore parece com o pé de eucalipto, e pode produzir até 4.000 frutos por colheita. Possui coloração marrom e forte aroma característico, sendo muito mais forte que a erva-doce ou o funcho. A parte utilizada do vegetal são os frutos com suas sementes. Muito rico em óleos essenciais, são utilizados principalmente como aromatizantes. Confusão de nomes Existe uma grande confusão com o nome "anis". No Brasil refere-se ao anis estrelado, só que no resto do mundo o termo "anis" ou "anis-verde" é empregado quando se refere à planta Pinpinella anisum, que aqui no Brasil é chamada de "erva-doce". O anis-estrelado não é muito empregado no Brasil, provavelmente devido ao preço um tanto quanto salgado. Não é cultivado em nosso território, sendo importado principalmente da Europa.


Licor 44




















Amora

Amora :Morus nigra


A amoreira-preta é uma frutífera de grande potencial para as regiões brasileiras com período de inverno marcante e propícia para pequenas propriedades agrícolas. Os frutos podem ser utilizados para consumo in natura e para produção de geleificados e doces caseiros, sendo assim, potencial para as famílias que trabalham com o ecoturismo regional. Além destas características, praticamente não necessita de insumos químicos, sendo ótima opção para o cultivo orgânico, além das propriedades nutricionais e medicinais dos frutos.A amoreira preta é uma frutífera da família "Rosaceae", bastanterústica e de fácil manejo, de grande potencial para as regiões brasileiras com período de inverno marcante e propícia para pequenas propriedades agrícolas.

Abacaxi

Abacaxi (Ananás comosus) é uma fruta tropical das mais famosas, nativa das regiões costeiras da América do Sul, cuja planta (o abacaxizeiro) pertence a família das bromeliáceas. Na verdade, o abacaxí é uma infrutescência - cada gominho é um fruto independente que se juntou durante o processo de crescimento. O abacaxí possui um alto teor de vitamina C, é rico em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro), além de conter celulose (substância indispensável para o bom funcionamento intestinal) e bromelina (substância que facilita a digestão das carnes), devendo ser consumido preferencialmente ao natural. Devido à sua excelente qualidade organoléptica, sua beleza e à existência da coroa, desde há muito o abacaxi faz jus ao cognome de rei dos frutos. Pelo seu perfume delicioso, seu sabor acre-doce e seu valor nutritivo, ficou famoso no mundo todo. É consumido em todo o mundo, in natura, em pratos doces e salgados e, sobretudo sob a forma de compotas e sucos. Além disso, presta-se também para a fabricação de doces cristalizados, geléias, sorvetes, licores, cremes, gelatinas e pudins. A qualidade dos frutos é atribuída às suas características físicas externas (coloração da casca, tamanho e forma do fruto), e internas conferidas por um conjunto de constituintes físico-químicos e químicos da polpa, responsáveis pelo sabor, aroma e valor nutritivo. A palavra abacaxí vem do tupí iba-cati (fruto que cheira muito) e, na linguagem indígena, era chamado de ananás (fruta excelente).Acerola(Malpighia glabra, Linné) Também conhecida como cereja-das-antilhas, é uma fruta tropical, nativa do mar das Antilhas, da América Central, e do norte da América do Sul. A acerola, além de possuir as vitaminas A, B1 e B2 em grande quantidade, é uma excelente fonte de vitamina C. É rica em cálcio, fósforo e ferro. Pode ser consumida ao natural, na forma de sucos, refrescos, sorvetes, doces, geléias, drinks e compotas. O fruto apresenta cor vermelha forte quando maduro, variando dos tons alaranjados ao púrpura, com um perfume semelhante ao da maça, com sabor ácido, polpa macia e cheia de suco.Pela sua quantidade incrível de vitamina C - em 100 g da parte comestível da fruta, pode-se encontrar até 80 vezes mais vitamina C que na mesma quantidade de limão ou laranja - a acerola é recomendada no combate a gripes, resfriados, tuberculoses pulmonares, diabetes, disfunções do fígado, cicatrizações difíceis e disenterias.Arbustivo de médio porte, podendo atingir em torno de 3 metros de altura, com tronco se ramificando desde a base. Sua propagação pode ser por semente, estaquia e enxertia.


Amareto




(Licor de amêndoas) - As Amêndoas fazem parte do seleto grupo de Frutas oleaginosas, são ricas em gorduras mono-insaturadas, responsáveis por manter o nível de açúcar no sangue estável e ativar o metabolismo da queima de gorduras. Além de carregarem muitos nutrientes.Na lista de seus componentes benéficos entram proteína, fibras, cálcio, ferro, potássio, zinco, selênio, vitamina E, ácido fólico, entre outros e não devem faltar na alimentação de quem não come carne.As gorduras mono-insaturadas, poli-insaturada, vitaminas e minerais presentes nesses alimentos também são uma vantagem e tanto, elas reduzem o nível de colesterol ruim e aumentam o HDL e o colesterol do bem, responsáveis por limpar as artérias. Por isso, elas são armas poderosas para afastar as doenças cardíacas.Mas não se esqueça de que, mesmo sendo do bem, essas gorduras carregam muitas calorias. Nem é preciso dizer que, consumidas em exagero, acabam como estoque de gordura.Para quem quer usufruir dos benefícios das oleaginosas e ainda perder peso, as amêndoas são a melhor opção. Além de serem ricas em nutrientes, 12 unidades têm menos de 100 calorias. O ideal é consumir essa porção ao longo do dia (quatro unidades no lanche da manhã, quatro no lanche da tarde e quatro antes de dormir, por exemplo).

Araçá


Nome popular : araçá-do-mato, sete-capotes, sete-capas, capoteira, araçazeiro-grande, dentre outros.Seus frutos são comestíveis e muito saborosos para o consumo ao natural, sendo seus frutos porcurados por várias espécies de pássaros. É indispensável em bosques mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permannente.É uma fruta pequena, arredondada, com sementes, cuja polpa varia de cor segundo a espécie, predominando o alaranjado e o amarelo-claro. Fruto do araçazeiro, árvore que pode variar de 70 cm a 10 m de altura, de casca lisa escamosa e copa esparsa. Folhas geralmente avermelhada quando jovens. Flores são branco-esverdeadas. Encontrado no Brasil em estado silvestre. Prefere solos secos e não é exigente quanto ao clima, resistindo a geadas. A flor é branca e cheira muito bem. Aos frutos chamam araçás, que são da feição de nêsperas, mas alguns muito maiores. "A fruta se come inteira, e tem a ponta de azedo mui saboroso, da qual se faz marmelada, que é muito boa e melhor para os doentes de cãibras." NOTÍCIA DO BRASIL, Gabriel Soares de Sousa (1587). O araçá é, em geral, fruta mais ácida do que a goiaba; tem, também como a goiaba, a polpa macia e cheia de sementes sendo, porem, a maioria de suas variedades comuns menos carnuda e menos valiosa economicamente. Esses muitos araçás encontram-se espalhados por todo o Brasil, dos campos sulinos até a floresta amazônica, de preferência onde haja umidade e calorA polpa é suculenta e saborosa, apesar de bastante ácida. Por esse motivo, presta-se bem mais ao consumo na forma de sorvetes, doces ou bebidas do que in natura. Algumas espécies de araçazeiros dão frutas muito saborosas e apreciadas para se comer no "pé" e no tempo, quando amadurecem. Outros, de frutos adstringentes ou ácidos demais, apenas se prestam ao fabrico de doces que, justamente por concentrarem um sabor azedinho ou agridoce especial, são ótimos ao paladarComo praticamente todas as frutas, árvores e plantas, os araçás e suas folhas são também bastante aproveitados pela medicina popular brasileira.

Araticum


(Annona crassiflora) - Os araticuns englobam diversas espécies que adocicam os cerrados o ano todo variando da Fruta-do-conde ao Marolo.Fruta nativa do Brasil, diferente de outras variedades de araticuns, o araticum-do-cerrado pode apresentar duas variedades de polpa, distinguindo-se o araticum de polpa rosada, doce e macia, e o de polpa amarela, não muito doce e levemente ácida. Podem ser encontrados em feiras, supermercados e em beiras de estradas nos períodos de frutificação. Dentre as diversas variedades de araticuns, o araticum-do-cerrado é o mais aproveitável na cozinha, servindo como ingrediente de bebidas, licores, refrescos, sorvetes, bolos, geléias, docinhos, compotas, doces-de-leite, cremes, etc.Essa fruta, de coloração verde-escura, textura rugosa e escamosa e de polpa bastante leve e cremosa, se desmancha na boca, proporcionando sabor agradável e perfume doce. É consumida principalmente in natura, mas sua polpa serve como ingrediente para sucos e refrescos. Difícil acreditar que uma fruta de aparência tão rústica e nada atraente seja dona de qualidades tão saborosas e apreciadas!

Carambola

(Averrhoa carambo) - A carambola, fruto da caramboleira é uma árvore ornamental de pequeno porte, de flores brancas e purpúreas, largamente usada como planta de arborização de jardins e quintais. Originária da Índia, e muito conhecida na China, foi introduzida no Brasil em 1817. Plantada em quase todo o território nacional, começa a produzir frutos em torno de 4 anos de existência. podendo durar de 50 a 70 anos.De sabor agridoce, cor variando do verde ao amarelo, dependendo do grau de maturação, rica em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro) e contendo vitaminas A , C e do complexo B, a carambola é considerada uma fruta febrífuga (que serve para combater a febre), antiescorbútica (que serve para curar a doença escorbuto - carência de vitamina C, e que se caracteriza pela tendência a hemorragias) e, devido a grande quantidade de ácido oxálico, estimulador do apetite, sendo ainda usada pela medicina popular no tratamento de afecções renais. Seu suco, além de possuir um delicioso sabor, é usado para tirar manchas de ferro, de tintas e ainda limpar metais. Sua casca, por possuir alto teor de tanino, cujo poder adstringente pode prender o intestino, é utilizada como antidesintérico.Pode ser consumidas ao natural em saladas, no preparo de drinks, licores, geléias, caldas, sucos e compotas. Na Índia e na China são bastante consumidas como sobremesa, assim como as flores e os frutos verdes.Carambola também conhecida como "star fruit" em virtude de ter cinco gomos e quando cortada parece uma estrela de cinco pontas.

Canela


(Cinnamomum zeylanicum) - "Cinnamomum" é derivado da palavra Indonésia "Kayumanis", que significa "madeira doce". Mencionada em alguns livros da Bíblia, a canela é uma das mais antigas especiarias de que se tem registro. É conhecida há mais de 2.550 anos a.C, pelos chineses. Na Antiguidade, era usada pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o vinho, enquanto na Índia e na China tinha fins religiosos. Conhecida como canela-do-ceilão, é nativa do Sri Lanka (antigo Ceilão), extraída da casca de uma árvore da mesma família do louro. Árvore mediana de casca castanho-clara; folhas opostas, ovaladas, flores verde-amareladas, em panículas terminais. Fortemente aromática, doce, e ligeiramente amarga, possui sabor e aroma mais intensos e delicados.Ambas são cultivadas atualmente no Brasil e o processo de extração é o seguinte: As folhas, verde-claras, são brilhantes e lisas, com nervuras na base. As flores, pequenas, agrupadas em cachos ramificados, vão do amarelo ao esverdeado. A canela é extraída do caule, uma árvore de ciclo perene, que chega a tingir 9 metros de altura. O seu tronco alcança até 35 cm de diâmetro. A casca é retirada na época das chuvas, quando há mais seiva nas árvores, depois é seca e enrolada na forma de canudos. Esses canudos é o que chamamos de canela em rama ou de canela em pau. Os resíduos e cascas quebradas servem para a preparação da canela em pó. Podemos encontrá-la, ainda, na forma de essência e de óleo (usada para as fragrâncias).A canela é utilizada para condimento ou chá. Tem poder estimulante digestivo, adstringente, estimulante, carminativo, anti-séptica, anti-espasmódico e anti-reumático, sedativa, tônica, vasodilatadora, desencadeia a produção de insulina e afrodisíaca. É composto de sacarose, tanino, vanilina, açúcares e seu principal constituinte é o aldeído cinâmico, (cerca de 80%), além de ser muito é rica em cálcio. Possuem funções terapêuticas, principalmente contra gases abdominais, úlceras estomacais causadas por stress, hipertensão arterial e resfriados.Considerada o símbolo da sabedoria, a canela, por ser considerada também um símbolo do amor, é usada como ingrediente em porções para conquistar a pessoa amada.Além do uso místico, é também utilizada como tempero, bebidas, medicamentos, cosmética (para dar brilho aos cabelos; como pasta dental; óleo bronzeador), perfumes, sabonetes.

Chocolate


(Pasta de Cacau) - O cacau em pó é obtido das sementes que ficam na polpa de grandes frutos. Esses são extraídos, torrados, descascados e então se obtêm os grãos de cacau de formas irregulares. Estes grãos, que se compõem aproximadamente em sua metade de banha de cacau, são moídos até conseguir uma pasta de cacau e dela se obtém o cacau em pó ou o chocolate.Para conseguir cacau em pó se extrai uma parte da gordura de cacau e se mói e para fazer o chocolate, se mistura a pasta de cacau com açúcar, gordura de cacau e aromas.O chocolate é originário do México. Foram os maias que começaram a cultivar o cacau há mais de 2000 anos. Usavam suas sementes como alimento e também como moeda. Uma antiga lenda mexicana conta que um jardineiro celestial foi o que, ao abandonar o Paraíso, trouxe para a terra as sementes do cacau.

Coco

(Cocos nucifera) - Popularmente conhecido como: Coqueiro, Coco, Coco-da-Bahia, Coqueiro-da-Bahia.Verde, contém a refrescante água-de-coco. Quando amadurece, diminui a quantidade de água e sua rica polpa pode ser usada nos mais diversos pratos. Originário da Ásia, o coco é bastante usado na culinária da Tailândia e Indonésia.Embora ainda não seja comprovado, parece que o coco foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVI.No Brasil, é fundamental na cozinha baiana, e bastante versátil. O valor nutritivo do coco varia de acordo com o seu estado de maturação. À medida que a polpa amadurece, aumenta seu teor de gorduras. Também contém sais minerais, como potássio e fósforo e proteínas importantes para o funcionamento do organismo. A água de coco contém sais minerais (sódio, potássio e cloro) e um tipo de açúcar muito fácil de digerir, a glicose. A gordura do coco tem características bem diferentes das demais gorduras e óleos vegetais, parecendo-se mais com as gorduras animais (toicinho e banha). É digerida com facilidade e tem sabor mais agradável que as outras gorduras vegetais. O leite de coco é rico em gordura e sais minerais, contendo também pequena porcentagem de proteínas.O coco, tudo se aproveita. A camada externa serve para fabricar capachos, brochas, escovas e tecidos grossos para sacos. Da casca dura da noz, fazem-se objetos caseiros. As partes comestíveis do fruto são: a polpa branca e a água, que podem ser consumidas quando o fruto ainda está verde ou depois de maduro. Quando verde, a polpa é consumida com colher e a água bebida como refresco, pelo seu sabor adocicado e agradável. Da polpa madura, extraí-se óleo e leite de coco. A gordura é usada na alimentação e no fabrico de sabão, cosméticos, detergentes e margarina. O leite de coco, puro ou com água, usado para preparar pratos doces e salgados, é extraído da polpa fresca ralada e prensada. Também a seiva do coqueiro é usada como bebida refrescante.Árvore e demais subprodutos amplamente utilizado sendo cultivado em todo país exceto no sul é excelente para paisagismo, sendo cultivado para esse fim em todas as cidades da costa atlântica.

Figo

(Ficus carica) - Da família das moráceas, o figo é o fruto carnoso da figueira, conhecida desde os primórdios da humanidade, mencionada até mesmo na Bíblia. Há um relato no Velho Testamento de que "Adão e Eva esconderam-se do Senhor atrás de uma figueira, com cujas folhas se cobriram, e receberam de Deus um figo cada, para se alimentarem no caminho".No Brasil, o figo começou a ser plantado pelos portugueses, ainda no século XVI. Existem mais de 150 variedades de figos, com cores que vão do branco ao verde, marrom, vermelho, roxo e até o preto. A casca é fina e delicada e a polpa rosa ou vermelha, cheia de minúsculos grãos.

Gabiroba


(Campomanesia xanthocarpa) - O chão forrado de pontinhos amarelos nas matas indicava que era tempo de gabiroba, fruto da gabirobeira.O vitaminado e doce sabor do cerrado. Nenhuma outra representa tão bem quanto ela a infância do Centro-Sul brasileiro nos anos 50 e 60, época em havia mato de sobra para que a fruteira se desenvolvesse espontaneamente no mato. Hoje, a presença da árvore se restringe os quintais e pomares caseiros no interior do país, já que não há cultivos comerciais expressivos dessa planta.O nome gabiroba tem suas raízes na língua tupi-guarani e significa casca amarga. Dentre os seus nomes vulgares, destacam-se Guavirova, Guabiroba-miúda e Guabirobeira-do-mato.A gabirobeira pertence à família Myrtaceae, a mesma da goiabeira, e ao gênero Campomanesia, que apresenta 25 espécies distribuídas do México à Argentina sendo 15 delas nativas dos campos cerrados do Centro-Oeste e Sudeste brasileiros.Nasce naturalmente em terrenos pobres, não necessitando de muitos cuidados. A madeira tem uso limitado regional na construção civil e é principalmente utilizada como lenha e carvão. A árvore possui conformação ornamental - podendo ser utilizada para arborização em geral, seu tronco apresenta um belo aspecto de rajado, pois ao longo do desenvolvimento desprende lascas que lhe conferem exuberantes manchas brancas, além da beleza quando, de setembro a novembro, se enche de numerosas e pequenas flores brancas, conferindo ao cerrado uma paisagem clara, limpa e relaxante.A gabiroba é uma frutinha arredondada, verde-amarelada, com uma suculenta polpa verde que envolve várias sementes. Frutifica de dezembro a maio, com sabor adocicado e rico em vitamina C. Possui boas qualidades medicinais especialmente para tratamentos gastrointestinais, como a diarréia, ou dos males do trato urinário, como a cistite e a uretrite. Os frutos dessa planta servem de alimento para grande número de pássaros, pequenos mamíferos, peixes e até répteis, como o lagarto-teiú, que juntamente com o mono-carvoeiro, representam os dois principais agentes dispersores de suas sementes. Rústica e resistente à poluição. O fruto, que constitui o principal recurso oferecido pela planta, pode ser consumido in natura ou utilizado para se fazer doces, sucos e sorvetes, além de servir de matéria-prima para o preparo de um delicioso e bastante apreciado licor.

Goiaba

(Psidium guajava) - Fruto da Goiabeira, podendo ser conhecida popularmente como: Goiaba, Goiaba-pera, dentre outros.A Goiabeira é uma das árvores mais conhecidas devido a seus frutos saborosos. Existe na maioria dos quintais de cidades do interior do país, de norte a sul. Bastante rústica, é igualmente encontrada nas matas. Árvore de baixo a médio porte, floresce entre Outubro e Novembro, repetindo a floração eventualmente no meio do ano. É planta indispensável em reflorestamentos para recuperação de áreas degradadas de preservação permanente. A fruta varia quanto à cor da polpa que pode ser rosa-escura, amarela, vermelha ou branca. As goiabas maduras exalam um aroma forte e são doces.A goiaba pode ser consumida ao natural, mas também é excelente para se preparar sorvetes, coquetéis e a tão conhecida goiabada. Ao natural contém bastante vitamina C e quantidades razoáveis de vitaminas A e do complexo B, além de sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro e potássio. De modo geral, não tem muito açúcar e quase nenhuma gordura, sendo indicada para qualquer tipo de dieta e, de preferência, deve ser comida crua, pois é a forma em que conserva todas as suas propriedades nutritivas. É contra-indicada apenas para pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou com problemas intestinais.

Graviola


(Annona muricata) - Dentro da família das Anonáceas, A graviola é uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6 metros de altura),A graviola é uma fruta originária das Antilhas, prefere climas úmidos, baixa altitude, e não exige muito em relação a terrenos. No Brasil, produz bem em quase todo o território mas, sobretudo na Amazônia, no Nordeste e no Cerrado, sendo conhecida por vários nomes: anona-de-espinho, jaca-do-pará, araticum-manso, araticum-grande e coração-de-rainha.A graviola é uma árvore de pequeno porte (atinge de 4 a 6 metros de altura) e encontrada em quase todos os países tropicais, com folhas verdes brilhantes e flores amareladas, grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos ramos. Os frutos têm forma ovalada, casca verde-pálida, são grandes, chegando a pesar entre 750 gramas a 8 quilos e dando o ano todo. Contém muitas sementes, pretas, envolvidas por uma polpa branca, de sabor agridoce, muito delicado e semelhante à fruta-do-conde. Esta fruta é conhecida não somente por seu delicioso sabor característico, levemente azedo, bem como seu riquíssimo conteúdo em nutrientes. Cerca de 100 gramas de graviola fornecem em média 60 calorias, 25 mg de cálcio, 28 mg de fósforo e 26 mg de vitamina C (um terço da Recomendação de Ingestão Diária). Dá um suco delicioso e presta-se muito bem ao preparo de sorvetes e licores e compotas. Fazem-se também geléias e refrescos. Seu sabor se acentua quando recebe adição de sucos cítricos, resultando em deliciosos coquetéis. Com a polpa se fazem ótimos purês e chutneys agridoces - para acompanhar carne assada ou filé de peixe grelhado.Por se tratar de uma fruta com riquíssima composição nutricional, a graviola apresenta inúmeras propriedades terapêuticas, podendo ser utilizada em sua totalidade. Aproveitam-se as folhas, as flores, os brotos, os frutos verdes ou maduros. A graviola pode ser utilizada sob a forma in natura, sob a forma de chás, preparada como cataplasmas, que são sobrepostos diretamente nas afecções cutâneas, e também em cápsulas que contêm os princípios nutricionais desta maravilha da natureza.Dentre as propriedades terapêuticas da graviola pode-se destacar o seu potencial diurético, adstringente, vitaminizante, antiinflamatório, anti-reumático, bem como sua propriedade antiespasmódica, antitussígena. Porém, uma das maiores descobertas sobre a graviola foi sua sensacional capacidade de agir contra as células do câncer, mostrando em testes em laboratório um potencial extraordinário.É boa fonte de vitaminas do complexo B, importantes para o metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras, incrementando o cardápio com vitaminas e minerais, bom para a saúde. É ruim para pessoas com caxumba, aftas ou ferimentos na boca, que devem evitar consumi-la in natura, pois sua acidez é irritativa.

Groselha



(Phyllantus acidus sp.) - Sua origem é na Índia e Madagascar. Outra espécie, P. emblica Skeels, de origem na Ásia tropical, é menos conhecida.A groselheira é uma planta arbustiva, de até 6 m de altura, os frutos de cor amarelo-esverdeada, de 1,5 a 2,5 cm de diâmetro e com sulcos típicos.É uma planta subtropical, mas adapta-se aos tropicais e solos bem drenados. Seus frutos são ácidos, de casca lisa, utilizado para se fazer geléia e sucos, licores, ou processados com pickles.Os frutos derivam-se do ovário das flores. Após a fecundação dos óvulos em seu interior, o ovário inicia um crescimento, acompanhado de uma modificação de seus tecidos provocada pela influência de hormônios vegetais, que interferem na estrutura, consistência, cores e sabores, dando origem ao fruto. Os frutos mantêm-se fechados sobre as sementes até, pelo menos, o momento da maturação. Quando as sementes estão prontas para germinar, os frutos amadurecem, e podem se abrir liberando as sementes ao solo, ou tornam-se aptos a serem ingeridos por animais, que depositarão as sementes após estas passarem por seu aparelho digestivo.Segundo registros fósseis, os primeiros frutos não passavam de folhas carpelares, como as encontradas em Gimnospermas, porém fechadas sobre as sementes, formando folículos. Os frutos mais simples nas espécies atuais possuem estrutura similar, foliculares, mas os mais comuns são frutos formados pela combinação de vários carpelos unidos entre si.

Hortelã


(Mentha spp) - Existem várias espécies desta planta, sendo que algumas se originam do sul e do centro da Europa, outras do Oriente Médio e do centro da Ásia. Planta herbácea e rasteira, com folhas ovais e serrilhadas com algumas variações conforme a espécie.O sabor desta erva varia conforme a sua qualidade, que é intenso e refrescante.Segundo a mitologia grega, a esposa enciumada de um deus grego, amaldiçoou Mentha, uma de suas ninfas, transformando-a em hortelã.Os árabes tinham esta erva como sagrada, por seu perfume marcante.As mulheres romanas, proibidas de beber vinho, cuja pena para tal seria a morte, mascavam hortelã com mel, para disfarçar o hálito.A hortelã era usada pelos árabes, nos banquetes, para regar as mesas e limpar o chão, a fim de estimular o apetite dos convidados.A parte usada de planta são as folhas frescas ou desidratadas ou em pó, embora a primeira tenha melhor aroma e sabor. Que possuem em sua composição, vitaminas A, B e C, cálcio, fósforo, ferro, potássio. Em suas funções terapêuticas pode ser usado como infusão, para gripes ou resfriados, o gargarejo com chá da folha alivia dores de garganta; para picadas de insetos, deve-se colocar as folhas amassadas rapidamente em cima do local. Possuem propriedades analgésicas, anti-bacterianas, expectorantes, sedativas, digestivas, calmante, contra insônia, para problemas de bílis, amarelão. O sumo das folhas pode ser aplicado com algodão em nevralgias, dores de dente e de cabeça, picadas de insetos, e tomados durante vários dias com mel funciona como vermífugo.Além do seu aroma refrescante ser utilizado para incrementar pratos e bebidas, a hortelã é utilizada também na cosmética como fragrância de perfumes, e para dar sabor a cremes dentais. Balas e chicletes contêm o paladar da hortelã.Suas folhas frescas podem ser adicionadas inteiras ou picadas. O seu aroma pode ser agregado a pratos doces ou salgados, mas também é muito usada no preparo de drinks.A Hortelã também é utilizado no misticismo, sendo considerada a Erva da amizade, do amor e da hospitalidade. O ambiente perfumado com hortelã favorecem a compreensão, decisão, ordem, integridade e consciência ecológica.

Jabuticaba



(Myrcia cauliflora) - A jabuticaba, jaboticaba ou jabuticabeira (Berg.; ou Myrciaria cauliflora ou Plinia trunciflora; Myrtaceae), é uma árvore frutífera brasileira que cresce na Mata Atlântica. A jabuticaba é uma fruta silvestre, de cor roxo-escura ou negra, segundo a variedade da planta, e polpa suculenta, mole e esbranquiçada, crescem no tronco e ramos e são comestíveis e muito saborosos, sendo desta forma uma das frutíferas mais cultivadas em pomares domésticos e é muito procurada por aves e outros animais, dando uma característica peculiar à árvore. É rica em ferro e contém, em menores quantidades, cálcio e fósforo. Também fornece algumas vitaminas, principalmente a C.Quando for escolher prefira as jabuticabas que estiverem viçosas, firmes, brilhantes e sem rachaduras. Como é uma fruta que se estraga com muita facilidade, consuma a jabuticaba no mesmo dia da compra. Para guardar por 1 ou 2 dias, lave, enxugue bem e guarde na gaveta da geladeira.Para fazer licor ou vinho de jabuticaba, a fruta deve ser amassada em socador de madeira ou numa vasilha de vidro. Já para preparar geléia não é necessário estourar a jabuticaba, pois elas arrebentam com o calor do fogo.


Jenipapo


(Genipa americana) - Originária da América Tropical e Índia Ocidental, o Jenipapeiro é uma árvore da família das Rubiáceas, pertencente à mesma família do café. Após os 6 anos ela se torna adulta, sendo uma árvore alta de caule ereto, ramificada a boa altura do solo e frondosa. Floresce em abril e maio, com sua floração amarela contrastando com as folhas verdes escuro. A madeira pode sem empregada em marcenaria para a fabricação de cabos de ferramentas e na indústria, pois a madeira de cor branca (marfim) é mole elástica, flexível, racha com facilidade, recebe bem o verniz e tem longa duração. É empregada em construção naval e em construção civil, em marcenaria de luxo, em tanoaria, em fundições (moldagem de peças) e em xilogravura, entre outros. Os frutos amadurecem de novembro a fevereiro. Fruteira indígena, o jenipapeiro tem importância ecológica para o repovoamento de animais da fauna brasileira, sendo muito útil para plantio em áreas brejosas degradadas, crescendo com mais facilidade em regiões de clima quente, como os Estados do Nordeste e do Norte do Brasil.Jenipapo é uma fruta que se parece com o figo, só que um pouco maior. O jenipapo é uma baga ovóide com 8 a 12 cm de comprimento por 6 a 9 cm de diâmetro, de cor escura e casca rugosa e murcha, com polpa marrom clara e numerosas sementes pardas e achatadas. Fruto do jenipapeiro deve ser colhido no ponto certo de maturação para que possa ser aproveitado. Ácida para ser consumida naturalmente, é muito utilizada como matéria-prima alimentícia no preparo de compota, doce cristalizado, refresco, suco, polpa, xarope, licor, vinho, álcool, vinagre e aguardente. A jenipapada é um doce feito de jenipapo cortado em pedacinhos e misturado ao açúcar, sem ir ao fogo. Sua polpa é suculenta, aromática, comestível e com sementes no centro. Embora seja consumido ao natural, seu uso mais freqüente é sob a forma de licor. Na medicina caseira, o jenipapo é utilizado como fortificante e estimulante do apetite. É rico em quinino (sulfato de quinina - usado como antimalárico e antipirético). O chá das raízes (como purgativo), as sementes esmagadas (como vomitório). O chá das folhas (como antidiarréico), fruto verde ralado (para asmáticos), brotações (desobstruinte), suco do fruto maduro (tônico para estômago, diurético e desobstruinte).Quando verde fornece um suco azulado e muito utilizado como corante para tintura em tecidos, artefatos de cerâmica e tatuagem. Seu fruto, o jenipapo, não mancha a pele. Após a maturação sua polpa é comestível. A casca do caule (cor cinza-claro) e o fruto verde são ricos em tanino, comumente utilizados no curtimento de couros.Jenipapo, em tupi-guarani, significa "fruta que serve para pintar". Os índios usavam o suco da fruta para pintar o corpo. A pintura permanecia vários dias e ainda protegia contra os insetos. Para extrair o corante do jenipapo, corte o fruto ao meio, retire as sementes, esprema a polpa como se fosse um limão e coe. A tinta provém do sumo do fruto verde - a substância corante, chamada genipina, perde o efeito corante com o amadurecimento do fruto. Assim, quanto mais verde o jenipapo, mas forte a cor vai ficar. Um fruto médio rende, em média, meio copo de corante que logo depois da extração é levemente esverdeado, mas reage em contato com o ar e se torna azul ou verde. Aplicada sobre o papel, a cor azul perde intensidade e adquire tons esverdeados ou marrons. O corante do jenipapo tem a consistência do nanquim e, para ficar mais concentrado, coloque-o em um vidro sem tampa, o que facilita a evaporação. Em contato com a pele pode deixar manchas, mas não se desespere, a mancha some em poucos dias.LeiteO leite, nossa principal fonte de cálcio, é necessário para a formação dos ossos e dentes e manutenção de muitas funções básicas do corpo humano. O cálcio ajuda a prevenir a osteoporose. O leite também fornece proteínas de alta qualidade, vitaminas e outros minerais. Os tipos de leite disponíveis em larga escala são o leite integral (4% de gordura), o semi-desnatado (1% ou 2% de gordura) e o desnatado (quase sem gordura, com 0,1% a 0,2%).

Manga


(Mangifera indica) - A mangueira, originária da Índia, é uma árvore tropical que pertence à mesma família do cajueiro. O fruto varia muito em tamanho e cor. Manga é um gênero com cerca de 35 espécies de árvores frutíferas tropicais da família Anacardiaceae, O nome da fruta vem da palavra malayalam manga e foi popularizada na Europa pelos portugueses, que conheceram a fruta em Kerala (where they had come for spice trade).A palavra manga vem do tamul, uma língua Índia, na qual a fruta é chamada mankay. Existe uma lenda que não se pode comer manga e depois beber leite. Essa lenda vem da época da escravidão, na qual os donos espalhavam essa história entre os seus escravos para que eles não bebessem o leite recém ordenhado por eles, já que eles comiam mangas durante o dia. Mangueiras são grandes árvores, atingindo até 35-40 m de altura, com um raio de sua copa próximo de 10 m.A polpa da manga é suculenta, com sabor bem característico. Algumas vezes fibrosa e de cor que varia do amarelo-claro ao alaranjado-escuro. A fruta pode ser consumida ao natural, em saladas de frutas ou ser utilizada como principal ingrediente em várias receitas doces e salgadas, sucos, drinks e licores.A manga é riquíssima em vitamina A (sobretudo quando madura) e contém quantidades razoáveis de vitaminas do complexo B e vitamina C, além de alguns sais minerais, principalmente ferro. Também tem propriedades diuréticas, o que a torna aconselhável para as pessoas que tendem a reter líquidos no organismo. O xarope de mel e manga é um excelente expectorante, ótimo para a cura de doenças das vias respiratórias, e o caroço da manga cozido é um ótimo vermífugo.Como é muito rica em calorias, não deve fazer parte da dieta de quem deseja perder peso.No Brasil, existem cerca de quinhentas variedades de manga, entre as quais as mais conhecidas são: manga-coquinho, manga-aden, manga-rosa, manga-espada, manga-coração-de-boi entre outras.

Mangaba


(Hancornia speciosa) Muell - Família Apocynaceae. Espécie frutífera de baixo porte. Mangaba é o fruto da mangabeira, também chamada de mangaba-ovo. A planta alcança 5 a 6 metros de altura, sua copa 4 a 5 metros de diâmetro, folhas verdes lanceoladas, flores alvas com cheiro suave. O fruto tem forma de pêra, muito viscoso quando verde, contém suco leitoso que quase embriaga e pode matar; a polpa é branca, fibrosa e recobre sementes circulares. Maduro, o fruto tem casca amarelada com manchas vermelhas, é aromático, delicado, tem ótimo sabor mesmo sendo ainda um pouco viscoso. É abundante em todos os tabuleiros e nas baixadas litorâneas da região Nordeste, onde se obtém - de forma extrativista - a quase totalidade dos frutos colhidos no país; os estados da Paraíba, Bahia e Sergipe ressaltam-se como os maiores produtores. A polpa é consumida diretamente ao natural ou é matéria-prima para o preparo de geléias, doces em calda, compotas, sorvetes, sucos, refrescos, picolés, licores, vinho e xaropes. O suco leitoso é medicamento caseiro para tratamento de tuberculose e úlceras. Os indígenas chamavam-no de mangaba - "coisa boa de comer". Em cada 100 gramas de polpa contém: 43 calorias, 0,7g. De proteínas, 41mg. De cálcio, 18mg. De fósforo, 28mg. de ferro, 30mmg. de Vitamina A, 0,04mg. de Vitamina B1 e 33mg. de Vitamina C.

Maracujá


(Passiflora sp) - O maracujá, fruto do maracujazeiro, é uma planta trepadeira da família das Passifloráceas, originária da América Tropical e muito conhecida em todo o Brasil, tanto pela fruta como pela flor, também chamada de flor-da-paixão. Suas folhas e suas raízes, como a de quase todas as plantas da família, contêm uma substância semelhante à morfina, a passiflorina, empregada como calmante. Dentro desse gênero existem cerca de 300 a 580 espécies, segundo diversos autores, distribuídas pelas regiões tropicais e subtropicais do mundo.No Brasil já foram encontradas aproximadamente 150 espécies, a maioria para fins ornamentais e cerca de 60 produzindo frutos comestíveis. A polpa, parte comestível do maracujá é formada por sementes pretas cobertas de uma substância amarela e translúcida, ligeiramente ácida e de aroma acentuado, sendo consumida ao natural ou em sucos, sorvetes e doces. O suco do maracujá pode ser consumido como refresco ou ser empregado no preparo de pudins, sorvetes, geléias, compotas, licores, como temperos de pratos salgados e, claro, na famosa e tradicional batida de maracujá.O maracujá, famoso por seu ativo calmante, é rico em vitaminas do complexo B e sais minerais, como cálcio, ferro e fósforo. Quando ingerido, dá ao organismo betacaroteno, que é transformado em vitaminas A, C, B2 e B3. Além disso, também contém uma substância chamada passiflorina ou maracujina, que tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial à saúde, pois não causa dependência.O melhor maracujá para o consumo é aquele que tem a casca lisa e firme, brilhante e de cor amarelo-clara. Não deve ter furos provocados por insetos nem rachaduras ou machucados. A fruta está madura se, ao se pressionar o extremo oposto ao cabo, ele cede à pressão dos dedos, mas sem que se rompa a casca. A casca muito enrugada e de coloração amarelo-escura indicam que o maracujá já está bem maduro; neste caso, em geral, ele tem mais polpa do que quando sua casca ainda está lisa. Existem muitas espécies de maracujá, que variam de tamanho e cor. Entre as mais conhecidas encontram-se: maracujá-mirim, maracujá-melão, maracujá-do-igapó, maracujá-guaçu e maracujá-comprido.O suco do maracujá oferece ao organismo que o ingere, entre outras coisas, boa quantidade de vitaminas, especialmente A e C, além de sais minerais, como cálcio, ferro e fósforo, e fibras. Cada 100 ml de suco contêm, em média, 53 calorias, variando conforme a espécie utilizada.O uso medicinal do maracujá, talvez uma das plantas medicinais mais conhecidas do Brasil, baseia-se nas propriedades calmantes da passiflorina (ou maracujina), um sedativo natural encontrado nos frutos e folhas. A Farmacopéia Brasileira inclui o maracujá em suas monografias, indicando as folhas como parte usada. Várias são as especialidades do comércio farmacêutico brasileiro que apresentam o extrato de passiflora como um dos componentes em suas fórmulas. Além disso, uso de infusos (chás) é amplamente difundido por suas propriedades depurativas, sedativas e antiinflamatórias. Suas sementes também atuam como vermífugos.

Milho


(Zea mays) - O milho é uma planta da família Gramineae. Comumente, o termo se refere à sua semente, um cereal de altas qualidades nutritivas.Tudo parece indicar que a cultura do milho tenha começado onde hoje se localizam o México e a América Central há milhares de anos. Mas há menção bíblica sobre uma espécie "miúda" de milho em Ezequiel 4:9, o que leva a crer que a planta possa ter surgido na Ásia. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa “sustento da vida”. Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo.No Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus. Os índios, principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.O plantio de milho na forma ancestral continua a praticar-se na América do Sul, nomeadamente, no sistema conhecido no Brasil como de roças.O milho é um dos alimentos mais nutritivos que existem. Puro ou como ingredientes de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Mesmo após o processo de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano.Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas (A e complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras, celulose e calorias.Maior que as qualidades nutricionais do milho, só mesmo sua versatilidade para o aproveitamento na alimentação humana. Ele pode ser consumido diretamente ou como componente para a fabricação de outros pratos. No Brasil, é a matéria-prima principal de vários pratos da culinária típica brasileira, usado fresco ou seco, moído ou torrado, como canjica, cuscuz, polenta, angu, mingaus, cremes, pamonhas, bolos, pipoca ou simplesmente milho cozido balas, biscoitos, pães, chocolates, geléias, sorvetes, maionese, cerveja e até o licor. Apesar de serem usados para fazer pães, o milho não contém a proteína glúten. Atualmente somente cerca de 5% de produção brasileira se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos. Isto se deve principalmente à falta de informação sobre o milho e à ausência de uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais. O uso primário do milho é na alimentação para animais. Sendo 65% do milho é utilizado na alimentação animal, e 11% é consumido pela indústria, para diversos fins. Seu uso industrial não se restringe à indústria alimentícia. É largamente utilizado na produção de elementos espessantes e colantes (para diversos fins) e na produção de óleos e de etanol (aditivo na gasolina).O milho é a espécie vegetal mais utilizado para pesquisas genéticas. Em 1940, Barbara McClintock ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pela sua descoberta de transposons, enquanto estudava o milho.A produção de milho é uma das mais difundidas entre as de alimentos transgênicos, em parte por que seu consumo é basicamente para ração animal, onde a resistência do consumidor é menor.Algumas variedades não comerciais e selvagens de milho são cultivadas ou guardadas em bancos de germoplasma para adicionar diversidade genética durante processos de seleção de novas sementes para uso doméstico - inclusive milho transgênico.É um dos alimentos mais nutritivos que existem. Tem alto potencial produtivo, e é bastante responsivo à tecnologia. Seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. O milho é cultivado em diversas regiões do mundo.

Pequi


(Caryocar brasiliense) - Nome popular: Piqui (GO, MT, DF, BA, TO), Pequi (MG,SP), Grão-de-cavalo (PI,MA), Pequiá (PA, MS), Pequerim, dentre outros.A despeito de ser encontrado em todos esses lugares, é apenas em Goiás que podem ser encontradas todas as espécies, cuja frutificação ocorre entre os meses de setembro e fevereiro.O Pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, muito utilizado na cozinha goiana. Dela é extraído um azeite denominado azeite de pequi.O fruto pode ser degustado das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de licor, um dos mais apreciados.Seu fruto é muito rico em vitamina A. Comer Pequi além de saudável e agradável é uma ciência, quase uma arte: sua polpa macia e saborosa deve ser comida com cuidado, uma vez que a mesma recobre uma camada de terríveis espinhos, que, se mordidos fincam-se na língua e no céu da boca, provocando dores. O sabor, contudo, vale o risco. Risco este que deixa de existir, uma vez assimilada a técnica de degustação que é de fácil aprendizado.A castanha existente dentro do caroço é muito saborosa; para comê-la, basta deixar os caroços secarem por uns dois dias e depois torrá-los.

Licor da Terra Copyright © 2008.Todos os direitos reservados.
Fone: (11) 93683570
email- licordaterra@gmail.com