História

Inicialmente os licores foram elaborados na idade média por físicos e alquimistas, como remédios medicinais, porções amorosas, afrodisíacos e de cura de problemas. A realidade era que não se detectava seu alto teor alcoólico e assim permitia lograr propósitos pouco habituais. Licor não é apenas uma bebida colorida de frutas, de bonita cor e sabor que encanta. Cada fórmula, cada receita, carrega uma intensa história onde não faltam mistérios e segredos. Resultado de uma alquimia tradicional, os mais finos e famosos licores têm suas receitas preservadas por gerações. Existem registros históricos que demonstram que os povos antigos consumiam um tipo de bebida semelhante ao Licor. Uma grande variedade de licores foi produzida em todos os cantos do mundo. Os chineses, há mais de 800 anos a.C., tinham o hábito de tomar uma bebida preparada a partir da fermentação do arroz e depois destilada. Em algumas regiões da Índia também se produzia desde a antiguidade uma bebida aromatizada obtida através da Cana-de-açúcar com arroz. Os árabes, além de prepararem alguns tipos de bebidas semelhantes ao licor, buscavam métodos mais eficazes para obtenção de uma destilação perfeita para melhorar a qualidade de suas bebidas. Na Grã-bretanha, o hábito de tomar licor já estava arraigado no povo muito antes de os romanos a conquistarem. Na França, Espanha, Itália e outros países do Oeste europeu já produziam alguns tipos de bebidas semelhantes ao licor. Os Monges cartuzianos preservam algumas de suas receitas de licor mais finas desde 1600. Esses "licores" produzidos pelos povos antigos, eram na verdade uma mistura de vinho com ervas a qual era adoçado com mel ou melado, ou uma fermentação de várias frutas combinadas. Por volta do século X, os árabes descobriram aquilo que vinham tentando há tempos: desenvolveram o processo de obtenção de álcool através da destilação de um fermentado. Eles constataram que essa substancia, além de anti-séptica, poderiam ter outras finalidades. Depois os alquimistas árabes e europeus passaram a usar o álcool em seus medicamentos misturados a ervas medicinais. Com essa descoberta o caminho dos alquimistas ficou livre para testar e criar os mais incríveis e deliciosos licores, através de um paciente trabalho de combinação de ervas e frutas. O licor que conhecemos hoje, só foi possível depois que o alquimista catalão Aunaud Villeneuve, em 1250, conseguiu extrair os princípios aromáticos das ervas deixando-as em maceração no álcool puro. Aunaud registrou todas as suas experiências em um tratado sobre o álcool e sua utilização, recomendando acrescentar a garrafa uma pepita de ouro. Para que ao oferecer, quem o tomar também está sendo oferecido ouro. O autor foi considerado bruxo, e quase sacrificado numa fogueira durante a Santa Inquisição, o que o salvou foi uma de suas poções que foi atribuída à cura do Papa. Os licores, já com características de uma bebida "cortês", requisitada passou a significar gentileza dos anfitriãos que os serviam sempre após as refeições a seus convidados, como um reconfortante digestivo. Aos monges devemos a criação de maravilhosos licores, cujas fórmulas eram segredos encerrados entre paredes do mosteiro. Por mais de 300 anos, depois da descoberta do Arnaud, os monges "monopolizaram" a fabricação de licores, deixando para prosperidade algumas fórmulas, cujo segredo até hoje está rigorosamente guardado pela ordem ã qual pertencia o monge que as criou. Com o papel social dos monges, nessa época ia além se um simples sacerdócio nos mosteiros, eles desenvolviam muitas atividades, dentre elas a preparação de medicamentos ã base de ervas para combaterem diversos males. Assim, eles cultivaram um grande número de ervas medicinais e aromáticas para serem utilizadas em suas poções. O hábito de servir licor foi conservado no Brasil, por influência européia. Com a variedade de frutas neste país, surgem novas receitas como os licores de pitanga, tamarino, jenipapo, etc. Também no Brasil surgem novas maneiras de uso para os licores, que antes eram servidos após as refeições, agora passa a fazer parte de drinques e coquetéis, além de entrarem em diversos temperos de pratos doces e salgados. O licor é uma bebida alcoólica que se caracteriza pela elevada proporção de açúcar, misturado com álcool e alguns princípios aromáticos extraídos de frutas, raízes, sementes, sucos, ervas, cascas de frutas ou do tronco, folhas e temperos diversos. Constituído basicamente desses três ingredientes (álcool, calda de açúcar e extrato aromático), em alguns casos há adição de corantes.




O licor sempre foi servido como uma bebida "cordial" que, além de muito saborosa, tem propriedades digestivas, estimulantes e reconstituintes, como aperitivo. Os licores podem ser preparados de diversas maneiras, que foram sendo passadas de geração a geração, até chegarem a ser produzido em escala industrial, através de processos e técnicas mais sofisticadas. O segredo da qualidade do licor está exatamente no equilíbrio de uma perfeita combinação da sua mistura, que resultará num produto integrado e harmônico entre cor, aroma e sabor.

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